21 Jul 2022
Eduardo Costa *
O tema da conversa é recorrente. Mesmo assim, mantém atualidade. Falava-se do papel das mulheres na sociedade. Em concreto, dos grupos exclusivamente de mulheres que organizavam e ainda organizam atividades públicas, normalmente a favor dos mais desfavorecidos. São por vezes o ‘braço feminino’ de organizações constituídas exclusivamente por homens. Claro que, hoje, são muito raros os clubes e associações apenas de homens. As mulheres participam ativamente e em pé de igualdade. Ocupam lugares de liderança.
“Por detrás de um grande homem está sempre uma grande mulher”. Esta máxima tantas vezes repetida é coisa do passado. Embora dita com intenção elogiosa, está nitidamente ultrapassada.
“Hoje as mulheres andam ao lado dos homens”, diz uma das intervenientes. “Ao lado dos homens e, cada vez mais, à frente!”, diz outro.
Aliás, são raríssimos hoje casos de mulheres que trocam a vida profissional para se dedicarem à família. A sociedade entretanto foi criando soluções que permitem que os pais trabalhem.
Tudo mudou e está a mudar nesse conceito.
Com todo o respeito por aqueles que ainda sustentam esse discurso, bem intencional do, já não faz sentido propalar a afirmação da “grande mulher por detrás do grande homem”. Que me desculpe quem assim não pensa, mas fica o recado.
As mulheres são hoje vistas pela sociedade como iguais, para todas as responsabilidades. Foi uma evolução natural. Parabéns à sociedade em geral.
* jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional