Câmara de Coimbra compromete-se a preservar mata do Jardim Botânico

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A Câmara de Coimbra comprometeu-se a ajudar a preservar a mata do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra e a viabilizar, através do seu interior, a ligação entre a cota baixa e a cota alta da cidade.

“Este é, mais uma vez, um momento de cooperação entre as principais instituições da cidade, no sentido de proporcionar o atravessamento em modo suave e ecológico da mata do Jardim Botânico, ligando a cota baixa à cota alta da cidade de Coimbra. Vamos ligar o Parque Verde e o Rio Mondego ao Polo I da Universidade de Coimbra, ligando dois portões um bocado antagónicos: o portão da Rua da Alegria e o Portão do Arco da Traição”, descreveu o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva.

A Câmara Municipal de Coimbra, a Universidade de Coimbra e as Águas de Coimbra assinaram, ao final da manhã de hoje, um contrato de cooperação interadministrativo sobre o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra.

De acordo com o autarca, trata-se de um protocolo tripartido, que serve para ajudar a preservar a mata do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, “uma mata sensível, de grande interesse histórico, turístico e científico”.

“É uma colaboração multifacetada, feliz, da qual nos podemos orgulhar. Desejamos que esta linha seja usada e fruída pelos munícipes de Coimbra e pelos turistas nacionais e internacionais que nos visitam e que, assim, podem usufruir deste circuito através da belíssima mata do Jardim Botânico, que é um dos principais pulmões verdes e, certamente, o mais bem cuidado pulmão verde da cidade de Coimbra”.

O protocolo tem a duração de dois anos, sendo o montante global do apoio financeiro de cerca de 350 mil euros (176.500 euros em 2022 e 176.500 euros em 2023).

O reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, aproveitou a ocasião para frisar o grande significado que este protocolo tem para esta instituição de ensino, que “vai mais além de protocolos anteriores”.

“Estamos a recuperar o Jardim Botânico e esta é uma ajuda preciosa. Este protocolo aproxima o Parque Verde do Polo I, o que é muito importante porque está dentro do trabalho desenvolvido pelas instituições para reduzir o tráfego automóvel no Polo I”, informou.

Amílcar Falcão recordou que está em curso um estudo que permite aferir como os autocarros devem aceder e estacionar no Polo I e que alternativas a Universidade de Coimbra pode dar aos seus colaboradores para estacionarem perifericamente.

“Teremos uma cidade cada vez mais amiga do ambiente e onde a mobilidade é otimizada. Teremos a diminuição da poluição na zona histórica, que sofrerá um alívio grande de tráfego automóvel”, disse.

Já o presidente do conselho de administração das Águas de Coimbra, Alfeu Sá Marques, aproveitou a ocasião para realçar que o Jardim Botânico tem “uma fortíssima componente de circuitos de água, com história longa”.

“O sistema de abastecimento de água da cidade de Coimbra começa precisamente com dois reservatórios que existem ainda no Jardim Botânico. Tem também uma mina que alimenta o Jardim Botânico, que devemos proteger”, concluiu.

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