28 Apr 2022
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Mencionado no Guinness World Records, o museu pessoal de Fernando da Silva, perto de Vernon, está num anexo de sua casa com 70 m2.
Vindo do norte de Portugal, Fernando da Silva chegou a França aos 20 anos. Passados 32 anos, mantém a paixão pelo clube da capital. Tem um pavilhão com mais de 13 mil peças do Benfica em Pressagny-L’Orgueilleux, perto de Vernon.
Da sua aldeia, Fernando relembra que todos os rapazes falavam da grande estrela do Benfica nos anos 60, Eusébio. Relembra ao Le Parisien que é um clube com mais de 60 mil adeptos em todo o mundo. “É um clube que emociona, sonha e permite festejar”, refere em entrevista.
Fernando começou desde cedo a sua coleção. Recebeu uma boneca da mãe quando tinha sete anos e colocou-lhe uma camisola vermelha com uma águia ao peito. “Eu ainda tenho isso. Depois foram os cromos da Panini, revistas e alguns objetos”. 45 anos depois, Fernando tem mais de 13.000, o que lhe permitiu em 2008 entrar no livro do Guinness World Records, com mais de 1500 referências.
Trabalhador da construção, Fernando restaurou a sua casa, preparou o seu jardim com uma águia de pedra para dar as boas-vindas e, acima de tudo, construiu há dez anos um anexo para guardar os seus tesouros.
“Este é o meu museu pessoal. Há jornais, produtos oficiais e artesanato, miniaturas, uma série de águias, balões, garrafas de vinho do Porto e champanhe, bilhetes de jogos, camisolas autografadas e um teto com mais de 300 cachecóis”, descreve o colecionador.
Recentemente, o adepto restaurou talheres marcados com o símbolo e também tem latas de sardinhas, medalhas de jogadores e até máscaras faciais. “E continua! Amigos, familiares e também outros colecionadores mandam-me peças. Todos os anos, vou a Portugal de férias um mês, e passo garantidamente pela loja oficial. Volto com cerca de 30 novas peças. Também compro de todo o mundo. Para autógrafos, envio documentos ao clube, que voltam assinados. Eles conhecem-me bem lá”, explica o entusiasta.
A peça mais bonita, do seu ponto de vista, é a fotografia autografada por todos os jogadores do plante “mágico” de 1962, que inclui o seu ídolo, Eusébio, “que conheci num jogo contra o Paris Saint-Germain (PSG). Ele conhecia a minha coleção e pediu-me para preservá-la”, relembra Fernando.
“Há duas coisas de que gostaria. Validar novamente o meu museu no Guinness e, sobretudo, que a BTV venha fazer uma reportagem a minha casa. Já tive várias vezes a televisão francesa, incluindo Thierry Rolland para o Téléfoot, mas nunca a do Benfica”, aproveita o entusiasta.
Artigo original: bomdia.lu
Fotografia: DR